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               Dinheiro, ambição e poder

Quem não gosta de ter dinheiro nas mãos na hora de comprar algo? E viajar, então? Se dedicar ao prazer de escolher o destino, sonhar com os passeios. Dindim é ótimo. Não precisa de muito. O ideal seria que desse para as despesas de casa, saúde, lazer, para fazer um pé de meia e ajudar o próximo.

Uma pitada de ambição também não faz mal a ninguém.  É ela que dá o impulso para buscarmos uma mudança na vida. Com ambição, planejamento e trabalho honesto é possível ir mais longe.

Normalmente onde tem dinheiro e ambição, o poder ronda. E há quem diga que esse poder é solitário. Concordo. Ele atrai muita gente. Quem se aproxima quase sempre é muito simpático, engraçado, interessante e prestativo. Mas, e quando o tal poder acaba? O ex-todo poderoso fica diante de uma realidade que provoca um enorme vazio.

Aí sim é quando as pessoas se dão conta da solidão que está por trás de todo um status. Frequentar as rodas da sociedade é bom. Ser reconhecido e ter moral entre pessoas influentes é melhor ainda. Poder viver de igual para igual com essa gente faz bem ao ego. Mas não é tudo. Por isso tantos artistas morreram cedo, vítimas da própria inconsequência. Não suportaram o peso da fama.

Isso é só uma faceta da vida. De nada adianta ter dinheiro, morar em uma casa linda de um bairro luxuoso, ter um carro importado, ser reconhecido entre os mais importantes e ostentar um poder se não tem com quem dividir as glórias.

A solidão para essas pessoas nem sempre é opção. Foi uma condição oferecida pela vida e aceita com as duas mãos. Não é a melhor, mas faz com que sejamos “queridos” diante do olhos dos outros. Quando o tal vazio chega a incomodar, alguns acreditam que basta dormir, acordar e tudo volta ao normal no dia seguinte. Afinal, não vai faltar quem lhe agrade. Os problemas que surgirem pelo caminho fazem parte da rotina e como tal, eles os liquidam rapidinho com muita competência. Verdadeiros super heróis. É o que todos pensam, menos o pobre coitado do poderoso, destruído por dentro. Ele não se dá conta.

E no fim do dia, na volta para a casa, o reencontro com o nada. Noto que para algumas pessoas que vivem essa realidade é difícil procurarem algo mais que ajude a levar a vida, que dê prazer. Aceitam a solidão, como se não pudessem ou conseguissem se livrar dela.

O futebol, o chopp com os amigos, uma ida ao cinema ou a igreja, qualquer coisa serve para passar o tempo e preencher os vazios existenciais. Sinto que, às vezes, tudo isso fica esquecido em um canto sob várias desculpas. A aparência deve ser mantida intacta.

Essa tríade (dinheiro, ambição e poder) pode viciar. O limite entre a convivência harmônica com esses elementos e o domínio que eles costumam exercer é muito tênue. E mesmo que juntos provoquem a infelicidade de quem vive preso a eles, por outro lado gera um fascínio grande porque garante a manutenção da popularidade. Fator indispensável para quem tem ego tão aflorado e precisa de afagos constantes.

Como se a vida se resumisse a incessante busca pelo ter e não pelo ser

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